De origem polonesa, nascido em 1921, Frans Krajcberg, brasileiro de alma, cidadão do mundo, tem uma trajetória singular pela sua luta em defesa da vida através da arte.
Escultor e artista plástico de renome internacional e que se declara ambientalista, iniciou seus estudos com um dos mestres da Bauhaus, Willi Baumeister. O começo de sua carreira foi ceifado pelos horrores da guerra onde perdeu toda a sua família, e tornou-se um refugiado do holocausto. Em sua fuga foi para a Rússia e, engajado, partiu para a luta na frente russa que invadia a Alemanha ao final da 2 ª Guerra Mundial.
Finda a guerra, transfere-se para Paris, onde estabelece contatos com artistas cujos trabalhos fizeram a história da arte do século XX. Teve relações de amizade com Picasso, Braque, Lergé, dentre tantos outros, o que o torna uma referência viva desse momento tão revolucionário da história da arte contemporânea.
Desiludido e inconformado com o mundo dos homens transfere-se para o Brasil na busca do silêncio e do distanciamento necessários para abrandar a sua revolta.
Sem conhecimento do idioma português, com quase nenhum dinheiro, chega a São Paulo. E lá, por um curto período, passa por dificuldades extremas. A convite de amigos começa a trabalhar como montador da I Bienal de São Paulo em 1951 onde também expôs duas de suas pinturas. Já em 1957 conquistou o prêmio de melhor pintor nacional. Em 1964, também ganha o primeiro prêmio da Bienal de Veneza, o que o torna um artista reconhecidamente internacional permitindo dedicar inteiramente à sua arte.
Transfere-se, então, para Catabranca, região de Itabirito/MG, onde morou por 5 anos dentro de uma Kombi e lá, ao ar livre, instala seu ateliê. Até então o artista vinha trabalhando intensamente com gravuras modeladas a partir do relevo de pedras e areias, desenhos e pinturas. Como ele declara, “em Minas Gerais foi onde criei as minhas primeiras esculturas”. Aqui, em meio às montanhas, foi o palco que permitiu o desenvolvimento de sua obra escultórica, hoje uma referência internacional.
Nessa época, mantém um ateliê em Paris, que visita até hoje com uma regularidade anual, e transfere sua residência para Nova Viçosa, sul da Bahia. Uma região de densa floresta, hoje extinta, onde instala definitivamente seu ateliê no sítio Natura. A partir daí, a obra de Krajcberg passa a ser um alerta, um grito de dor de uma outra guerra, não do homem contra o homem, mas do homem contra a natureza.
Paralelo às suas esculturas desenvolve um trabalho de fotografia de extrema sensibilidade a partir de um olhar preparado, poético e atento. Como um dedo em riste, suas imagens comovem, mais que belas, são um documento da destruição.
O trabalho de Krajcberg está representado nos principais museus e galerias internacionais. A partir dos anos 80, mostras de grande vulto têm sido produzidas, associadas a uma densa publicação que tem documentado a sua obra, cumprindo os objetivos da sensibilização humana nas principais
Escultor e artista plástico de renome internacional e que se declara ambientalista, iniciou seus estudos com um dos mestres da Bauhaus, Willi Baumeister. O começo de sua carreira foi ceifado pelos horrores da guerra onde perdeu toda a sua família, e tornou-se um refugiado do holocausto. Em sua fuga foi para a Rússia e, engajado, partiu para a luta na frente russa que invadia a Alemanha ao final da 2 ª Guerra Mundial.
Finda a guerra, transfere-se para Paris, onde estabelece contatos com artistas cujos trabalhos fizeram a história da arte do século XX. Teve relações de amizade com Picasso, Braque, Lergé, dentre tantos outros, o que o torna uma referência viva desse momento tão revolucionário da história da arte contemporânea.
Desiludido e inconformado com o mundo dos homens transfere-se para o Brasil na busca do silêncio e do distanciamento necessários para abrandar a sua revolta.
Sem conhecimento do idioma português, com quase nenhum dinheiro, chega a São Paulo. E lá, por um curto período, passa por dificuldades extremas. A convite de amigos começa a trabalhar como montador da I Bienal de São Paulo em 1951 onde também expôs duas de suas pinturas. Já em 1957 conquistou o prêmio de melhor pintor nacional. Em 1964, também ganha o primeiro prêmio da Bienal de Veneza, o que o torna um artista reconhecidamente internacional permitindo dedicar inteiramente à sua arte.
Transfere-se, então, para Catabranca, região de Itabirito/MG, onde morou por 5 anos dentro de uma Kombi e lá, ao ar livre, instala seu ateliê. Até então o artista vinha trabalhando intensamente com gravuras modeladas a partir do relevo de pedras e areias, desenhos e pinturas. Como ele declara, “em Minas Gerais foi onde criei as minhas primeiras esculturas”. Aqui, em meio às montanhas, foi o palco que permitiu o desenvolvimento de sua obra escultórica, hoje uma referência internacional.
Nessa época, mantém um ateliê em Paris, que visita até hoje com uma regularidade anual, e transfere sua residência para Nova Viçosa, sul da Bahia. Uma região de densa floresta, hoje extinta, onde instala definitivamente seu ateliê no sítio Natura. A partir daí, a obra de Krajcberg passa a ser um alerta, um grito de dor de uma outra guerra, não do homem contra o homem, mas do homem contra a natureza.
Paralelo às suas esculturas desenvolve um trabalho de fotografia de extrema sensibilidade a partir de um olhar preparado, poético e atento. Como um dedo em riste, suas imagens comovem, mais que belas, são um documento da destruição.
O trabalho de Krajcberg está representado nos principais museus e galerias internacionais. A partir dos anos 80, mostras de grande vulto têm sido produzidas, associadas a uma densa publicação que tem documentado a sua obra, cumprindo os objetivos da sensibilização humana nas principais
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