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13 julho 2011

MULHER NA MÍDIA X MULHER NA POLÍTICA

A imagem da mulher na mídia sempre foi muito associada ao apelo sexual, para alcançar a fama e o sucesso às mulheres tiveram que mostrar suas bundas e seus seios na TV para agradar majoritariamente a sociedade machista que apesar de aplaudirem as mulheres e babarem suas curvas, no final o que faziam e ainda fazem é crucificá-las e difamar por exposição ao corpo.
Quero chegar a essa questão do corpo e da imagem da mulher como objeto. Recentemente tivemos nas disputas das campanhas políticas um número razoável de mulheres, ainda pouco para compor a cota dos 30% prevista na Lei nº 9.504/97. Porém, algumas das candidatas a meu ver com fortes características positivas e com chances reais de ganhar eleição, jogaram suas campanhas por água abaixo quando colocaram o volume dos seus seios amostra, criando um impacto midiático positivo no primeiro momento com o apelo da imagem reproduzida, mas, que no final sucede-se o desastre nas urnas, porque não compreenderam o jogo de idéias e jogo político. Não compreende que apesar de ter um rosto e um corpo bonito se faz necessário o posicionamento e a postura séria num ambiente como já afirmei que majoritariamente se compõe de universo masculino, aonde o que vemos são apenas homens de terno e gravata e contamos a dedos as de saia. Por isso, é o momento de se voltar à tona a Reforma Política e a participação das mulheres nos espaços de poder. Enquanto, nós mulheres ainda continuarmos a ter uma postura machista com nos mesmas, não conquistaremos os espaços que deveríamos estar. Enfrentaremos diariamente a imposição de que ser bonita e vaidosa é ser fútil e que devemos deixar os esmaltes e batons de lado para fazer política, para fazer justiça para fazer valer; não é por aí que devemos ir. Não deixemos a feminilidade de lado, vamos juntos com ela! Demonstrar a sensibilidade feminina e humana no confronto e nesses espaços que por muitos anos ficou a frente da visão machista é o novo desafio da mulher moderna. Por isso, para aquelas que enfrentam a falta de apoio dos homens de seus partidos, da nossa rede de contatos e até dos amigos pelo simples fato de ser mulher, fica a mensagem que façamos sim política, mas, que seja com seriedade e não apenas com curvas. Porque é uma grande perda para sociedade não estarmos nesses espaços, que devem ter nossa cara e não apenas a face do homem. Aliais, cada candidato é representação parcial de um grupo e não um todo.

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