A paixão é o pior estágio da loucura. Colocamos a disposição do outro ser a alma, o corpo e a mente. Perdi-se o juízo, cria-se a depressão por não ter o amado e entramos na linha que transita o limite da razão e da loucura. Ficamos num grau de insensatez tão profundo que os erros decorrem de um lado ao outro em um curto período de tempo. A paixão explode no corpo na sua maneira mais quente, como um vulcão que devasta tudo por onde passa e o corpo senti sede querendo se resfriar, ai ele chora, chora de maneira incontrolável para o coração não se arder de febre e desejo, chora para tentar se acalmar. Nessa parte entra o corpo quente de desejo, fogo e amor e a alma se sensibiliza, ela se cala, fica perdidamente apaixonada, muda e desnuda que entramos na linha do espiritismo. Nosso espírito fica fraco diante da perturbação de querer o ser amado, busca-se tanto o outro e quando vemos deixamos de lado o respeito, a dignidade e a razão. Perdi-se tudo, a vergonha, inteligência e ficamos paralisados, as cores perdem seu brilho e tudo que olhamos ao redor é a figura do amado. A mente roda lentamente calculando o tempo que resta ao encontro do ser amado, ela entra em parafuso e não há remédio que possa fazer a mente não querer parar de pensar no amado, é manhã, tarde, noite e na madrugada entre o sonho e a realidade. Enquanto tudo isso acontece com o apaixonado o “ser amado” é ao contrario, ele sente repulsa, nojo e ódio do ser apaixonado e das suas loucuras insanas e desequilibradas. Acha tudo besteira e asneira de uma pessoa que para ele não existe valor. Para a paixão existir é necessário o ser amado ser um objeto inalcançável. O que movimenta o jogo da paixão é o desejo e quanto mais houver o desprezo a renuncia do amado, mais o apaixonado se perde nessa linha da loucura e razão. Fica-se cego.
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